Discriminação Religiosa
Alice Valdivino Sabino
João Vitor Araújo
Milena Silva
Beatriz Anunciação
Resumo
Este
estudo tem como objetivo principal mostrar a discriminação e a intolerância
religiosa aos adeptos de religiões de matriz africana. De acordo com o censo de
2010, os fieis do candomblé e da umbanda somam quase 600 mil pessoas – são os
mais atacados no Brasil. Em 2014, o disque 100 recebeu 53 denuncias de
intolerância religiosa e 23 dessas denuncias foram feitas por adeptos das
religiões afro brasileiras. Por um lado, as denuncias mostram que o aumento da
discriminação e a violência gratuita contra esses fieis vem crescendo, mas por
outro lado, mostra que as pessoas vem se mobilizando e o movimento contra a
violência religiosa tem ganho fortalecimento. A exclusão de pessoas por esse
caso é o que mais ocorre nos casos de discriminação. Este estudo tem como
objetivo principal levar a informação, sem o intuito de ferir a integridade de
adeptos de qualquer religião, credo, etnias ou doutrinas, mas sim de alertar a
sociedade sobe um ponto de vista literal de cada religião sem o pensamento
extremista e radical de alguns infiltrados que agem indecorosamente nas
comunidades religiosas ou na comunidade secular, usando a violência como forma
de punição por não aceitarem seu modelo espiritual de viver. Estas informações
certamente serviram de base para uma avaliação minuciosa de cada leitor que
interferem de maneira repudiante ou que defende sua religião em um ideal
singular, e obviamente para todos que tem interesse no assunto na intenção de
prevenir um futuro descontentamento ou ideias radicais usando argumentos
tendenciosos contra todo e qualquer tipo de crença no mundo principalmente no
Brasil.
Palavras-chave:
Intolerância religiosa; discriminação religiosa; violência; religião de matriz
africana; cristãos; religião judaica;
1. Introdução
1.1.
Nos dias atuais no Brasil, todas as pessoas que seguem algum tipo de religião
sofrem discriminação, por acreditar em algo e ter suas crenças, quem não
acredita está sujeito a mais intolerância do que quem acredita, pelo fato de
serem tachados como marginais e vândalos. Duas dessas religiões que sofrem
discriminação são a Umbanda e o Candomblé, onde, são denominadas como religiões
ao culto do “demônio”.
1.2. Certamente
o Brasil é o país com maior diversidade religiosa populacional do mundo, muito
dado por conta da diversidade cultural local (cristã, islâmica,
afro-brasileira, judaica, etc.). O Brasil também possui um estado laico, desta
feita faz separação entre estado e a igreja, e com isso traz a liberdade de
culto religioso. O dia 21 de janeiro é o dia do combate à intolerância
religiosa. De acordo com o último Censo levantado em (2010). No país cerca de
86,8% da população brasileira é formada por cristão, dados do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), uma média de 166 milhões de
pessoas se dizem cristão, certamente é considerado por muitos como um país
cristão de um todo, já judeus nesse mesmo ano havia cerca de 107.329 no Brasil
certamente esse índice aumentará com o passar dos anos. A discriminação
religiosa obviamente não teve início em tempos atuais, desde os primórdios das
civilizações e separação de raças pelo mundo, teve como ponto de partida a
discussão entre grandes líderes o sentido primário da ideia de um deus único,
sendo assim, todos seguiriam uma filosofia unânime.
2. Revisão
2.1. Por
que no Brasil as religiões de matriz africana, são os maiores alvos de
discriminação e intolerância religiosa?
De
acordo com a Comissão de Combate a Intolerância Religiosa (CCIR) ofensas,
abusos e violências denunciadas no estado do Rio de Janeiro entre 2012 e 2015
mostram que mais de 70% dos casos registrados são contra praticantes da Umbanda
e Candomblé.
O site
de noticias BBC Brasil, fez uma entrevista com especialistas para saber as
razões pelas quais adeptos dessas religiões sofrem tanto preconceito.
Segundo
esses estudiosos, há duas explicações. Por um lado o racismo e a discriminação
que remontam à escravidão e que desde o Brasil colônia rotulam tais religiões
pelo simples fato de serem de origem africana, e, pelo outro, a ação de
movimentos neopentecostais que nos últimos anos teriam se valido de mitos e
preconceitos para "demonizar" e insuflar a perseguição a umbandistas
e candomblecistas.
2.2.
Demonização de Orixás e entidades da Umbanda e do Candomblé
Ao
contrário do que muitos dizem os umbandistas e candomblecistas não cultuam
seres diabólicos. A ideia de que umbandistas falam com o “diabo” nas suas
reuniões de mesa branca são um absurdo, e isso nada mais é que uma pratica
mediúnica que visa ajudar e desenvolver tanto os médiuns quanto pessoas que vem
a procura de ajuda.
Os
Orixás são Deuses africanos que são relacionados à natureza. Cada Orixá tem sua
própria história, seu próprio sentimento e seu modo de agir. Por exemplo, Iemanjá,
bem conhecida, rainha dos mares, seu elemento é a água, sua cor favorita é o
azul-claro. Ela protege os pescadores e rege o amor familiar e de pessoas que
moram no mesmo local.
Dizer
que religiões afro-brasileiras cultuam o “diabo” é uma ofensa aos sentimentos
de quem só quer se sentir bem e fazer o bem.
2.3. Porque
em torno do mundo ainda hoje judeus e cristãos são alvos de discriminação
religiosa?
Atentados
mundo a fora contra judeus na Bélgica e na França, comunidades judaicas são
atacadas verbal e fisicamente, adeptos do grupo Hama extremistas, racistas e
islamitas. A Coreia do Norte é o país mais severo e fechado do mundo a adeptos
do cristianismo, de acordo com a organização que faz um relatório todo ano sobre
o tema, um grande número de cristãos mortos foi registrado na Nigéria. Foram
4.028 mortes no país, totalizando 7.100 em 2015. É sem dúvida por não estarem
de acordo com as ideias radicais e pregarem contra qualquer tipo de violência
selando acordo com países no combate ao terrorismo, também pelo fato de
divisões territoriais e forma de culto a um deus único não tolerado por
extremistas radicais
2.4. Qual
a diferença entre judaísmo e cristianismo?
Ambas surgiram no oriente
médio sendo as duas com visão monoteísta, os judeus por sua vez usam a (torah)
como símbolo de fé com visão baseada no antigo testamento, já os cristões usam
a (bíblia) como regra de fé baseando-se no novo testamento.
3. Discussão
3.1. A
maioria dos casos denunciados nas cidades de Rio de Janeiro, São Paulo e Minas
Gerais entre 2011 e 2015 são de intolerância religiosa, sendo 697 casos. Por seguinte 71% contra
adeptos de religiões de matrizes africanas, 7,7% contra evangélicos, 3,8%
contra católicos, 3,8% contra judeus e sem religião e 3,8% de ataques contra a
liberdade religiosa de forma geral.
Um
aspecto importante que não podemos deixar de ressaltar, é que há diferenças
entre o Candomblé e a Umbanda. As praticas ritualísticas são diferentes,
enquanto na Umbanda as consultas são feitas através de espíritos de caboclo, preto-velho...
No Candomblé as consultas são feitas através de jogos, como os búzios. Esta é a
principal diferença, sendo que as outras são convenientes da atuação de
entidades guias em seus trabalhos de umbanda e dos rituais do candomblé.
3.2. O
cristianismo é monoteísta, sendo que seus adeptos cultuam somente um deus.
Muitas das vezes, pelas crenças, costumes e igrejas serem diferentes, dentro da
própria religião há conflitos, por sempre alguma apetecer ter razão e achar
“seu deus” o único, chegando a parecer que cultuam deuses diferentes.
4.
Conclusão
Este
estudo tem como finalidade mostrar como o Brasil precisa melhorar e parar para
rever os conceitos baseados no “achismo”. A discriminação religiosa causada
pela ignorância humana, e por simplesmente não suportar a ideia das crenças
alheias.
Referências
bibliográficas
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